domingo, 20 de janeiro de 2013

47. Desfazendo mal-entendidos.


- Eu acho que eles já sabem. – Kratos disse, na segunda noite em que eles passavam na casa de Nana.

- Sabem o que? – sonolento, Yuudai se moveu no futon onde estava deitado.

- Sobre a gente. Você acha que eles nos viram aquele dia, na boate?

- É provável... A Nana estava meio estranha quando foi falar comigo.

/Flashback/

- Então, Yuudai... – ela sorria nervosamente. – Você... Hm... Quer mais uma taça de gay? Quero dizer, mais uma taça de drink! Drink!! – com os olhos arregalados, ela quase derrubou a própria taça.

- Erm... Nana? Você tá bem? – ele a segurou no ombro.

- Estou gay! – ela sorriu, mas ao perceber o que tinha acabado de falar, emendou suas palavras numa tosse descontrolada. – BEM. Eu estou... Bem!! – ela gritou entre as tossidas.

- Certo, Nana... Vamos para casa logo, né? – um pouco assustado, Yuudai foi encontrar os outros para que saissem juntos da boate.

/Fim do flashback /

- E você tá tranquilo desse jeito? – Kratos se surpreendeu. – Agora eu tenho praticamente certeza de que os quatro sabem.

- Eu deveria... Estar tenso? – perguntou, confuso. Sentando-se no futon, esfregou os olhos.

- Não, mas... Eu sempre pensei que você fosse se importar... Que você não queria que ninguém soubesse, sei lá. Por isso que eu nunca sugeri da gente contar pra eles, eu estava esperando você falar que queria fazer isso.

- Sério? – ele sorriu, finalmente entendendo a pequena confusão. – Não, eu estava esperando você querer contar, na verdade.

- Ah... Então, pelo jeito, não tem problema nenhum. A gente fala assim que tiver chance. Afinal, já estamos namorando há uns dois meses, não é?

- Namorando?!

- E não estamos? – engoliu em seco. Será que havia entendido tudo errado?

- Sim, nós... Quer dizer, eu também...

- Você ainda está com sono, se quiser falamos disso amanhã. – disse rapidamente. – Desculpa ter te acordado. – já ia virando as costas, em direção a porta.

- Calma, não foge! – levantou o mais rápido que conseguiu, quase tropeçando no lençol e segurando o outro pelo braço. – Sim, estamos! É que a gente nunca falou sobre isso, e eu pensava que um dia você ia me pedir em namoro ou algo assim... Ou que talvez nunca quisesse nada sério, e aí...

- Você é retardado? – interrompeu o outro. – Então eu precisava me ajoelhar pra você segurando um anel de compromisso, ou algo do tipo?

- Claro que não, idiota! – soltou do braço do outro, empurrando-o.

- Eu já disse que te amo! – disse irritado.

- E eu também te amo!

- Então, estamos namorando, porra?

- Claro, porra!

Os dois começaram a rir juntos.

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